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terça-feira, 28 de agosto de 2012

Participação Especial - Quinto Artigo


 As previsões e a Astrologia

A astrologia exerce sobre nós o fascínio do desconhecido e do mistério, quer admitamos ou não. Não há quem não saiba o seu signo de nascimento e suas características mais relevantes, mesmo os mais céticos e desconfiados de sua eficácia e confiabilidade. No entanto, o que se conhece sobre a astrologia dá margem a muitas distorções e fantasias que não beneficiam ninguém.  A maioria das pessoas conhece o que se lê nos jornais: alguns conselhos para autoajuda, a determinação de certos dias propícios para se fazerem negócios, a possibilidade do aparecimento de um relacionamento feliz e duradouro, ou ainda, o anúncio de acontecimentos perturbadores. Este conhecimento limitado da finalidade da astrologia  provoca duas atitudes: uma delas é que se procure a astrologia para previsões para o futuro de acontecimentos, de fatos concretos no mundo externo e a outra, diametralmente oposta, é o afastamento ressabiado de uma consulta astrológica, por medo de vir a saber de coisas tenebrosas que nos acontecerão.
Não é para previsões que se presta a astrologia. Ela é a mais antiga forma de conhecimento da psicologia do homem, de sua estrutura interna, da manifestação de sua personalidade individual e de como esta personalidade interage com o mundo, como se desenvolve nas diversas fases da vida, como se adapta aos acontecimentos e vai evoluindo, tornando-se mais consciente e, portanto, mais sábia.
Nessa interação com o mundo externo, ao longo da existência e ao mesmo tempo em que empreendemos nosso desenvolvimento social, emocional e mental, sentimos que nossa vida passa por fases: algumas vivemos com maior percepção, outras achamos tão naturais que nem prestamos atenção a elas e  outras ainda nem entendemos o que está nos acontecendo.
Estas fases fazem parte de um processo de evolução e desenvolvimento e são comuns a todos os homens. Ainda que por um lado sejam comuns a todos, por outro são originárias de campos individuais internos de força psíquica e resultam num comportamento no mundo externo de acordo com os potenciais, motivações e estrutura básica de que dispomos. Hoje se sabe que o que nos acontece no exterior é reflexo de nossos pensamentos, expectativas, maneiras de encarar a vida e é evidente que no decorrer da vida se produzam muitas adaptações e mudanças. No decorrer do tempo vamos crescendo em responsabilidade e consciência, temos mais necessidade de autoafirmação e independência e isto se reflete no mundo externo que nos dá as oportunidades para crescermos.
Todas essas fases da vida estão refletidas no mapa e podem ser reveladas pela Progressão da Idade. Para que possamos compreender melhor o que seja a progressão da idade, nada melhor do que citar alguns trechos do livro “O Relógio da Vida” de Bruno e Louise Huber. Então vejamos:
A progressão da idade é uma mecânica do tempo que está dentro do horóscopo – um tipo de relógio vital individual. Por meio dela podemos reconhecer onde estamos no momento, o melhor que podemos fazer em nossa situação presente, que problemas nos afetam agora e nos afetaram antes e o que nos sucederá, mas não como acontecimentos e sim como processos de evolução psicológica no transcurso cíclico de nossa vida” … “A progressão da idade indica processos psicológicos que têm lugar em nosso interior e que provocam acontecimentos na realidade: quer dizer, são as causas dos sintomas e das manifestações externas. Por isso, psicologicamente, os acontecimentos não são necessariamente relevantes, porque são só sintomas de um processo psíquico-mental”.
Não se trata evidentemente de fazer previsões dos fatos e  acontecimentos de nossa vida.
O que posso, então, aprender com os acontecimentos? Principalmente a fazer perguntas. Em vez de me fazer de vítima inocente e passivas diante do que me acontece, algumas coisas são importantes que eu tente compreender: minha responsabilidade em relação ao fato, a percepção da repetição de um padrão único de acontecimentos e atitudes (próprias e dos outros em relação a mim), o significado e propósito disso em minha vida e , principalmente, o que este fato pode me ensinar a respeito de mim mesmo(a).
Como disse no começo deste artigo, há fases da vida que são comuns a todos, às quais reagiremos de acordo com o nosso mundo interno, cada um a sua maneira. Ainda que as reações individuais, tais como se apresentam no mapa, devam ser examinadas também individualmente, as etapas comuns podem ser conhecidas para que possamos tirar delas o maior proveito possível.

                                                    Maria Regina Martins de Assis 
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