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terça-feira, 26 de junho de 2012

Participação Especial - Terceiro Artigo


A PSICOLOGIA  ASTROLÓGICA

A observação dos astros acontece muito cedo na Humanidade, nas primeiras ci­vilizações agrícolas e veio da necessidade de estabelecer um calendário que orientas­se o plantio. Daí nasceram tanto a Astronomia como a Astrologia. O que seja a Astro­nomia é do conhecimento de todos. Já para a Astrologia, poderíamos ter tantas defini­ções quantas forem as pessoas a quem se perguntasse.
A Astrologia, como nós a consideramos, é a compreensão da correspondência que existe entre o Homem (o Microcosmo) e o Universo (o Macrocosmo). Ela se ser­ve de uma linguagem simbólica e de uma visão geocêntrica para indicar uma realida­de interna, subjetiva, psicológica.
A Astrologia Psicológica nasceu depois do desenvolvimento da Psicologia, a par­tir de Freud. Deixou, então, de ser preditiva e passou a ter uma postura mais voltada para a compreensão da psique humana. A partir de 1930 apareceram diversos autores, tanto nos Estados Unidos como na Inglaterra, que fizeram a união dos princípios tra­dicionais da Astrologia com as descobertas da Psicologia e divulgaram as novas ideias astrológicas para o mundo.
Enquanto isso, Bruno e Louise Huber, um casal suíço, ao trabalhar com o psi­quiatra italiano Roberto Assagioli, perceberam que havia uma estreita relação entre as duas disciplinas, a Astrologia e a Psicologia. Os Huber, então, confrontando os en­sinamentos astrológicos até então conhecidos na Europa e mesmo aqueles dos antigos sumérios, gregos e romanos com os princípios básicos da Psicologia, desenvolveram um método novo e o experimentaram por mais de trinta e cinco anos em consultório, pois, além de astrólogos, também eram psicólogos. Entretanto, não se trata agora de transpor para a Astrologia os conceitos das várias linhas de Psicologia, mas de desen­volver um método próprio de compreensão da personalidade humana a partir do dese­nho que se forma no firmamento na hora do nascimento. Desse modo, não dizemos que fazemos Astrologia com um enfoque psicológico, mas que trabalhamos com Psi­cologia Astrológica, pois procuramos entender como se organiza a psique do indiví­duo refletida nos símbolos apresentados no mapa astrológico.
Apesar de usar a mesma linguagem simbólica da astrologia tradicional, o Mé­todo Huber está estreitamente vinculado a dois conceitos comuns à Psicossíntese, às filosofias orientais e ao ensinamentos da Escola Arcana:

1º) a ideia da existência de um Centro, um Self ou Eu Superior;

2º) a integração dos três níveis da personalidade, isto é, o físico, o mental e o  emocional em torno desse Centro, que é a nossa dimensão espiritual. É por meio da personalidade que esse Centro se manifesta no mundo. Ainda que a personalidade seja imperfeita e sujeita à evolução, esse Centro, como a manifestação do Divino em nós, é sábio e não pode ser atingido pelos fluxos emocionais ou mentais próprios da personalidade. É por essa razão que nos Mapas, segundo o Método Huber, o Centro não é cortado por nenhuma oposição. É a partir desse Centro que tudo acontece. É ele que ordena, e coordena, as experiências que devemos viver para aprender, adquirir consciência e assim evoluir.

Entretanto, para que possamos integrar a nossa personalidade em torno de um Centro ou Eu Superior, é necessário que tenhamos consciência não só dos potenciais que nos ajudam a fazer essa conexão, como das barreiras ou fragilidades que a difi­cultam. A Astrologia pode ajudar, e muito, nesse processo de autoconhecimento.


Maria Regina Martins de Assis 

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