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quinta-feira, 5 de julho de 2012

Participação Especial - Quarto Artigo




Desconstruindo um Mapa Astrológico

O instrumento de trabalho da Astrologia é o mapa astrológico, uma ferramenta de diagnóstico das complexidades do comportamento, temperamento, desenvolvimento e evolução da personalidade humana. Um mapa astrológico mostra o nosso potencial de energia que deve ser desenvolvido e vivido da melhor maneira possível para que possamos cumprir nossa tarefa no mundo e assim sermos felizes. Esta energia distribui-se em cinco níveis:
O Centro - olhando-se o Mapa, de dentro para fora, no centro dele vemos um círculo que simboliza a nossa Alma, o eu pessoal e transpessoal, aquilo que me faz uma entidade única e, ao mesmo tempo, ligada ao Todo Universal. É o que nos faz Filhos de Deus e o que nos dá a consciência da Eternidade. Este Centro, este Eu interno é a projeção, a manifestação do Eu Superior, que utiliza a personalidade para expressar-se no mundo físico, é a Alma que  impulsiona a  personalidade a viver uma série de experiências no mundo externo para que possamos tomar consciência de partes desconhecidas de nós mesmos que precisam se tonar conscientes e integradas ao todo da personalidade. Este Eu interno, simbolizado pelo pequeno círculo no centro do Mapa Astrológico, organiza uma tarefa individual a ser cumprida. Esta tarefa vem expressa no segundo nível do Mapa: a estrutura de aspectos.
A Estrutura de Aspectos - são linhas coloridas que ligam os planetas entre si, formando figuras geométricas. O conjunto dessas linhas retrata as motivações básicas que correspondem ao propósito da Alma para esta vida atual, aquilo que viemos desenvolver. Elas são profundamente inconscientes porque costumamos estar desconectados do nosso Eu interno. Nossa tarefa no mundo é trazer para a consciência estas motivações, aquilo que, sendo realizado, vai fazer-nos felizes, sintonizados com o propósito da Alma.
Os planetas - formam o terceiro nível do Mapa. Eles constituem o conteúdo da psique, são símbolos das funções psíquicas. São dez planetas, cada um representando uma parte da totalidade psíquica: a capacidade de trocar informações (Mercúrio), de nos colocar em ação (Marte), o corpo físico, o princípio de realidade e mecanismos de defesa (Saturno), o princípio de identidade e consciência de si mesmo (Sol), a necessidade de contato e a natureza emocional (Lua) são alguns exemplos. Então, os planetas são o "instrumento através dos quais o ser humano faz contato com o mundo, percebe e experimenta o mundo, estabelecendo com ele uma troca vital e funcional"(1). No momento do nascimento, cada planeta se encontra situado num determinado signo. Os signos constituem o quarto nível do Mapa.
Os signos - são qualidades e temperamentos herdados, transmitidos geneticamente. Cada signo representa uma maneira específica de comportamento, um temperamento que condiciona a nossa atuação no mundo. Um mesmo planeta (uma função psíquica) vai se comportar de acordo com a qualidade do signo no qual esteja colocado. Mercúrio, a capacidade de comunicação, poderá ser loquaz em Aquário e cauteloso em Capricórnio. Os signos definem o que chamamos de os doze temperamentos ou tipos básicos da personalidade. São, portanto, nossa fonte de energia.
Do primeiro ao quarto nível (centro, aspectos, planetas e signos) o Mapa Astrológico descreve a configuração interna de cada um de nós, aquilo que nos pertence, aquilo que nos foi confiado para realizarmos um projeto específico de nossa Alma. Este projeto, como seres encarnados que somos, deve ser expresso no mundo. Só assim nos tornaremos conscientes de nós mesmos. O mundo, o meio externo a nós constitui o quinto nível do mapa, as casas.
As casas - representam o mundo, o meio ambiente, o campo de experiências, o espaço onde faremos a interação de nossas motivações internas com o mundo exterior. É nesse mundo que representaremos nossos papéis sociais, ou seja, o lugar onde procuraremos adequar nossa predisposição natural com o que o mundo nos pede. Neste intercâmbio entre o que está dentro e o que está fora, acontece um mútuo enriquecimento. Nossa atuação no meio sempre causa reação. Do mesmo modo que o mundo desperta em nós a consciência de quem somos, nossa atuação nele o torna diferente.
Este movimento de dentro para fora e de fora para dentro é que torna a Vida tão interessante! Esta troca de experiências com o mundo se dá nas mais diversas etapas do desenvolvimento humano, uma vez que precisamos da interação com o meio a fim de realizarmos a principal tarefa da nossa encarnação: evoluir, adquirir consciência de nós mesmos, de nossas potencialidades e de nossa tarefa no mundo.                                                                                         
1) Bruno e Louise Huber – Casas Astrológicas

                                           Maria Regina Martins de Assis 


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