Translate

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Participação Especial - Segundo Artigo


A Astrologia como caminho pessoal e espiritual

Todos estamos familiarizados com a linguagem astrológica: zodíaco, signos, ascendente, in­fluências planetárias. Mesmo os que duvidam, meio que na brincadeira, examinam curiosos os ho­róscopos de jornal e revistas. Outros questionam, apresentando a razão de sua perplexidade: “Fula­no é de Touro como eu e somos totalmente diferentes. Onde está o erro?” Mas ninguém é indife­rente, se o assunto é Astrologia. Entre prós e contras, o que falta é um mergulhar neste conhecimen­to tão antigo e sempre renovado, ampliado, aprofundado que acompanha os passos da evolução  hu­mana, rumo ao despertar da consciência de quem ela é, inserida em um cosmo infinito do qual faz parte.

Há duas maneiras de se aproximar da Astrologia: a do homem comum, cujos interesses gra­vitam em torno de seus comportamentos, atitudes, adaptação ao mundo externo, sucessos, realiza­ções, aspectos de manifestação da própria personalidade. Este homem sente-se o centro de seu pró­prio mundo, uma individualidade separada, vivendo em seu mundo subjetivo e reagindo aos estímu­los externos, às vezes com mais ou menos sucesso. Para este indivíduo, a Astrologia se apresenta como a expressão da Grande Ilusão, maya para os indus.
Explicando melhor: a astrologia tem uma visão em que a Terra ocupa a posição central no Universo, com os planetas, o sol e as estrelas orbitando ao seu redor. Um cinturão de constelações, o zodíaco, a rodeia, dando nome aos signos. Durante um ano, o sol, aparentemente percorre o zodía­co, um signo a cada mês. Refletindo o seu mundo subjetivo, em que se sente realmente especial e único, os que atualmente confiam na Astrologia imaginam que podem controlar sua própria vida, dispor de seu destino e esperam obter respostas sobre o que devem, ou não, fazer para ter sucesso e alcançar a felicidade.
Mas há outra maneira de se relacionar com a Astrologia: a do indivíduo que se deixa orientar não mais pela personalidade, que é separatista, egoísta e autocentrada, mas pela Alma, que possui consciência grupal e é inclusiva, porque sabe que pertence a um todo muito mais importante, do qual é parte ativa. Então, deixando a Alma dirigir a personalidade, ele percebe que suas ações, seu modo de pensar e sentir constroem o mundo em que vive. Compreende que suas decisões, escolhas ou omissões afetam em cadeia uma rede de acontecimentos no mundo e também nas relações interpessoais*. Está atento aos movimentos  evolutivos e de mudança que fluem das forças e ener­gias que atuam sobre nosso planeta, porque sabe que não é fruto de forças cegas e do acaso, mas filho do céu e da terra, e vislumbra, ainda que de forma tênue e velada, que existe uma ordem no universo, um plano que precisa ser cumprido. Claramente intui que, ao se colocar de acordo com este plano, aumenta o seu nível de felicidade e plenitude. Então, lança-se no seu aperfeiçoamento como ser humano, no despertar da consciência de seu papel no mundo e de seu lugar no todo maior. 
Para este ser consciente a astrologia deixou de ser uma mera curiosidade, ou uma forma má­gica de ter as respostas para os desafios da vida. Agora, a astrologia é um recurso com o qual ele conta para por-se em contato consigo mesmo, com a humanidade, com o planeta, com o sistema so­lar, com as constelações, enfim, com o universo, com as essas forças cósmicas que emanam de uma Fonte Superior, causa e origem do mundo manifestado. Compreende que tem um destino a cumprir, um papel no mundo e que só pode fazer isso de forma apropriada, aumentando cada vez mais seu nível de consciência. Neste propósito, a astrologia pode ajudá-lo, e muito, no caminho de sua evolu­ção, tanto do ponto pessoal, da criação de  uma personalidade independente e equilibrada, como do ponto de vista espiritual, meta e propósito da nossa existência. Então, lhe serão revelados os desafios que deve vencer, as experiências já aprendidas e os talentos com os quais conta, os aprendizados futuros, a motivação interna,  a meta espiritual que deve alcançar,  o modo de se relacionar com o mundo externo, as influências familiares que moldam os relacionamentos presentes, enfim, seu funcionamento interno, subjetivo e inconsciente.  Guiar a jornada interior, esta é a função da astrologia.

* São exemplos disso a problemática do aquecimento global, diretamente relacionado com o modo consumista de vida e os crescentes conflitos econômicos e políticos atuais.


c d c dc d c d
Maria Regina Martins de Assis

Nenhum comentário:

Postar um comentário